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EU

Creio que a minha complexidade muitas vezes me impediu de vivenciar momentos e histórias leves e marcantes. O meu jeito racional de querer pensar em tudo e em todos os detalhes, antes de decidir dar um passo à frente ou não, me privou de aproveitar sentimentos e emoções positivas e importantes na vida. A insegurança e o medo de errar acaba nos limitando demais e se tem uma coisa que eu não tenho aceitado há um tempo é limite. Não no sentido de querer fazer tudo e quebrar todas as regras. O que quero dizer é que eu gosto dessa sensação de poder voar mais alto. De saber que eu posso ser o que eu quiser ser, se me esforçar para isso.
A vida é tão passageira, embora em alguns momentos eu tenha a sensação de que ela está durando demais. No fundo, por mais sem graça, por mais entediante e por mais difícil que esteja, a vida é demais. Não tem sensação melhor do que viver, até porque a morte é o estado em que o ser humano perde todos os sentidos. Muitos acreditam que quando morremos, ficamos vagando por aí ou até mesmo vamos para o céu e ficamos protegendo os humanos lá de cima. Não quero dizer que essas pessoas são loucas e estão completamente enganadas. Talvez EU esteja enganada. Porém, crenças são crenças. Eu acredito em X, você em Y e assim por diante. Da gente, só resta o respeito, para que possamos conviver em paz nesse mundo tão conturbado.
Enfim, tenho sede de vida, embora me afogue em minhas próprias lágrimas de vez em quando. Quero o mundo todo, ao mesmo tempo que desejo apenas a minha casinha. Quero um amor eterno e mutuamente desejo paixões intensas e avassaladoras. Desejo dormir uma eternidade, ao mesmo tempo que quero aproveitar cada hora do meu dia. Ahhh se me lembro de quantas vezes foi que eu desejei ter mais de 24 horas num dia. Rsrsrs. Sou complexa, como já disse. Sou ambígua. Ainda estou em processo de descoberta e aprendendo a dar prioridade as coisas mais importantes para mim nessa estrada da vida.
Pela primeira vez eu me sinto viva, ao invés de só estar viva. Simplesmente porque eu escolhi viver. Antes eu só sobrevivia, hoje eu vivo. Vivo não porque quero sobreviver, mas porque eu quero experimentar a vida em todas as suas facetas. Eu provei a dor, e continuarei provando-a. Mas ainda quero provar todas as sensações possíveis. Quero o ponto máximo do êxtase.
A felicidade não existe. Existem, apenas momentos de alegria. Então é isso que eu desejo. Provar o máximo possível de momentos felizes e um dia quando estiver no auge da minha velhice, chegar à conclusão de que eu fiz tudo o que podia ser feito. Que eu sorri, chorei, brinquei, errei, amei, que eu vivi de verdade. Eu aceito a vida na saúde e na doença, na alegria e na tristeza. Eu a quero com todas as suas formas. Estou disposta a isso e foi a partir do momento que desejei isso, que tudo passou a mudar.
As minhas perspectivas, meus pensamentos e meu modo de enxergar o mundo tornou-se diferente. Eu posso não ter um tostão no bolso, posso estar sem emprego, sem momentos de descontração, cheia de problemas parta resolver, mas ainda assim consigo sorrir com meu coração.



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