Ela o admirava.
E toda vez que se sentia sozinha, o procurava em seus pensamentos. E por estar dentro de seu coração, seus encontros nunca davam errado. Ele nunca exitava.Ela era feliz ao seu modo.
Só a imagem dele ao flutuar sobre sua imaginação, soava como um grande remédio para a sua densa solidão. Ela encontrara a peça do quebra-cabeça que lhe faltara. E assim ela era feliz.
Amor. Uma pequena palavra que nunca fora de grande sentido para a menina. Ela jamais se sentira amada e por isso não sabia amar. Aprendendo com a vida, foi em busca dessa linda sensação, e mesmo não sendo amada, aprendeu a sentir isso, aprendeu o que é ser feliz.
Prometeu a si mesma, que amaria pro resto de sua vida e que seria movida desse modo, pelo amor.
E esse sentimento, enfim desabrochou. A menina que sonhava com seu amor, nunca perdera a esperança, até chegar a conclusão de que seu amor, nunca na verdade fora seu. Nunca seria.
A pobre menina se apaixonara por alguém que já havia encontrado o seu porto seguro.
Por um instante, ela não ouvira mais o seu coração bater. Mas ela jamais desistira, ela não deixou-se morrer.Encontrou então, um modo bonito de seguir em frente.
Aceitou que o amor não se escolhe nem se controla, e por conhecer tal sentimento, compreendeu os sentimentos de seu grande amor. Ela o entendia, e por isso, manteve-se em seu lugar.
Hoje, por amar demais, aquela menininha pisa em cima dos seus próprios sentimentos, para mantê-lo feliz.Ela o ama, e ama aquela que está do lado dele, por ser responsável por sua felicidade. Ela nunca fora egoísta e nunca se frustou por não ser a escolhida. Pois sabia que o amor não se pede, não se escolhe, não se determina. Ela vivia a seu modo e era feliz.
Então, escrevia cartas ao seu amor, para de alguma forma estar ao seu lado. E todos os dias ela escrevia. Até que depois de vinte e duas cartas escritas, quase que diariamente, a jovem decidiu jogá-las fora, pois assim ele nunca e ninguém além dela, as leria.
Antes do ato, a menina releu as cartas e por alguns instantes sentiu pontadas no coração. Por mais que tentasse, não jogaria fora seus sentimentos. Eram meras cartas, que foram embora. Mas o amor permanece ali, guardado, para nunca ser revelado.
A menininha, sabia que um dia ele quisera seu coração, mas que ela fora boba em rejeitar. Então, todo aquele desencontro, era uma lição para ela aprender a dar valor as pessoas que realmente a queriam.
A garotinha mais uma vez compreendeu, que nada poderia fazer.
Só o que restou, fora amar. Amar para si e fazer desse sentimento a sua maior força, a sua renovação, o seu tão sonhado recomeço. E tudo isso, por simplesmente amar.
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